De forma sumária a Governança Corporativa é o sistema de regras, práticas e processos que regulam a gestão e o controle de uma empresa. Partindo dessa premissa, toda organização possui um sistema de governança, em maior ou menor grau de maturidade em termos de transparência, equidade, prestação de contas e responsabilidade corporativa voltada à preservação de valor do investimento financeiro realizado pelos sócios, sustentabilidade financeira, entrega de valor ao cliente final, e relacionamento responsável com os demais interessados.

O sistema de governança baliza a atuação dos colaboradores seja na camada decisória ou executora, buscando o equilíbrio entre os interesses de todas as partes, contribuindo assim de forma positiva para o alcance dos objetivos da organização.

Um sistema de “boa” governança parte da identificação e desenho dos processos chave da organização. Uma etapa anterior a identificação dos processos chave é a definição dos objetivos estratégicos da organização a curto, médio e longo prazo.

Uma vez que a organização sabe onde deseja chegar, será imprescindível definir quais os processos que a levará ao atingimento desses objetivos.

Processos identificados, documentados e mapeados. Está na hora de treinar pessoas que estejam aptas a operacionalizar esses processos.

E como posso garantir que a operacionalização me levará ao alcance dos meus objetivos? Definindo indicadores que sejam mensuráveis e estejam associados a metas tangíveis, no desdobramento dos objetivos.

Mapeando os riscos que possam impactar  e até mesmo comprometer as entregas. Riscos identificados, categorizados e mapeados. Chegou a hora de estabelecer controles que sejam capazes de evitar a ocorrência dos riscos.

Ok, já temos um modelo de como instrumentalizar um sistema de governança, e para que ele seja viável precisamos definir o organograma. Qual será a estrutura organizacional necessária, dentro da realidade da minha organização, para viabilizar uma boa governança?

Partindo dos princípios da governança: transparência, equidade, prestação de contas e responsabilidade corporativa; entendendo qual o contexto da organização, partes interessadas, visão de futuro, objetivos estratégicos, apetite ao risco e capacidade financeira, o organograma será estruturado sob medida. O que se encaixa para uma grande organização de capital aberto certamente não será viável para uma empresa de pequeno porte…

Um sistema de boa governança não se faz apenas de teoria, é preciso aliar a teoria a um profundo entendimento do próprio negócio e especialmente do contexto em que ele está inserido.