Um dos principais desafios das organizações está na estruturação de equipes, temos uma alta oferta de profissionais no mercado em busca de posições técnicas, operacionais e estratégicas, no entanto profissionais ainda com baixa maturidade em termos de liderança, comprometimento com o resultado e senso de pertencimento. O que mais encontramos são profissionais que não querem se comprometer, que preferem se manter na zona de conforto.

Uma forma de amenizar contratações desalinhadas com a estratégia e cultura das organizações é a especificação dos requisitos que se espera de um profissional, e essa especificação deve ser realizada pelo líder do setor.

E para isso o líder deve ter um grau avançado de maturidade face a estratégia da organização, cultura, visão, valores e necessidades técnicas.

No contexto das operadoras de planos de saúde a composição de times é um enorme desafio, uma vez que ainda há uma carência muito grande de profissionais com expertise técnica aliada a expertise comportamental. Associa-se a isso a dificuldade de encontrar pessoas que tenham senso de pertencimento, que trabalhem para si, 100% comprometidas, o que mais encontramos são profissionais com o espírito de trabalharem para o outro, com o lema do mínimo esforço possível.

Eu sempre gosto de abordar com os meus times que eles não trabalham para a empresa e sim para si. Desta maneira, o resultado que eles obtêm, o investimento em se qualificarem, a entrega, o comprometimento, se reverte em algo que é em benefício próprio, se tornarem profissionais cada vez melhores, desejados pelo mercado, e em ascensão.

Por outro lado, manter essa chama ativa, o time comprometido, feliz e revestido do propósito da organização, é papel diário da liderança.

Uma liderança atenta aos sinais da equipe, com escuta ativa, que estimule a criatividade, que respeite o protagonismo de cada um, que esteja atenta às necessidades de melhorias, que atue como um facilitador, mas que também tenha seu lugar de impor limites se torna o alicerce da estratégia.